TEMOS PRONTO - portfólio PTI/PTG -HISTÓRIA DO CRISTIANISMO NA AMÉRICA LATINA E A COLONIZAÇÃO RELIGIOSA DOS POVOS ORIGINÁRIOS 2022 - TEOLOGIA WHATSAPP (88) 99867-4804
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PREZADO(A) DISCENTE
Seja bem-vindo (a) ao semestre!
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI) terá
como temática: “História do cristianismo na América Latina e a
colonização religiosa dos povos originários”. Escolhemos esta temática para
promover a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos pelas
disciplinas do semestre.
Para atingir os objetivos desta produção textual, você deverá seguir
as instruções voltadas a elaboração do trabalho, que estarão
disponibilizadas ao longo do semestre.
A participação na consecução da proposta é fundamental para que
ocorra o pleno desenvolvimento de competências e habilidades requeridas
em sua atuação profissional.
Situação Geradora de Aprendizagem (SGA)
O processo de colonização dos povos Latino-Americanos e a relação com o
Cristianismo
O período das grandes navegações, das chamadas expansões
territoriais europeias a partir do final do século XV, traz no seu bojo
a busca pelo poder econômico e político uma vez que, as “novas terras” lhes
dariam muitos lucros e poder. Quando as grandes navegações aportaram no litoral
brasileiro, um dos primeiros atos foi a celebração de uma missa; o fervor
católico português permitiu que a chamada Ordem de Jesus, fizesse parte da
tripulação, que teriam a incumbência de ampliar o número de fiéis no Novo
Mundo.
Podemos nos arriscar aqui na afirmativa, que a busca pela hegemonia
religiosa da Igreja Católica não foi inédita, vejamos, por exemplo, o
que ocorreu com as Cruzadas no período da Idade Média.
Ao distanciar-se de juízos de valores e analisar os fatos históricos,
esse movimento hegemônico impactou diretamente na existência de
diferentes ritos religiosos e de diferentes expressões de religiosidade; em
nome de um Deus Cristão, foram exterminadas comunidades indígenas que jamais a
história nacional irá conhecer, justamente pela ausência de registros.
As experiências jesuíticas, nas tentativas de “converter” os povos
originários tradicionais indígenas à fé cristã, afetaram, também, os
povos africanos que sob o julgo da escravização, foram obrigados a “negar” sua
própria existência religiosa em nome da hegemonia cristã.
Esses indicativos acima, não são – em hipótese alguma – uma
tentativa de retirar ou acrescentar valores pessoais a esse movimento da
Igreja Católica, mas sim promover reflexões sobre pontos importantes, que na
atualidade são garantias constitucionais: a liberdade de se expressar
religiosamente.
Nesta celeuma e considerando o modo como as disciplinas deste
semestre podem dialogar com os apontamentos deste texto, vejamos;
Leia os seguintes apontamentos:
Fragmento 1
O processo de colonização e catequização da América roubou a presença do
aborígene, a identidade e a língua. Estipulou padrões razoáveis para que o
nativo fosse considerado humano e aos que não alcançaram este padrão
restou-lhes serem dizimados.
Desconsiderou-se a possibilidade de que os nativos tivessem entre si a
heterogeneidade da língua e da cultura. Para o colonizador - “índio era índio”
- são todos iguais. A língua dos nativos que se constitui como item importante
na constituição de sua identidade foi desprezada e sofreu por parte dos
colonizadores uma desconstrução a fim de homogeneizar e subjugá-los. [...] A
busca por anular as diversas línguas nativas tinha por finalidade normatizar a
evangelização, pois não se podia confiar se de fato o índio havia se convertido
ao cristianismo, e se convertido estava de fato vivendo-o (BURJACK, 2013,
118-119).
Fragmento 2
Com base em uma ideologia de uma salvação universalista e de uma prática
missionária de doutrinamento dos povos, os missionários que aportaram em terras
brasileiras estabeleceram princípios norteadores para o trabalho de conversão
dos índios pagãos. Entre estes princípios o aniquilamento da língua dos povos,
por meio da universalização do uso do português. A imposição de uma língua padrão
entre os colonos servia para “civilizar”, retirar-lhes quaisquer traços de
barbárie. Entre os missionários tornou-se consenso o que Anchieta afirmou ser
necessário para a rotina das paróquias, afinal, como tomar uma confissão a
partir de um intérprete? (BURJACK, 2013, 120).
Agora é com vocês!
O grupo foi convidado para participar de um Simpósio Internacional sobre
a Diversidade Religiosa e Hegemonia Religiosa. Esse convite partiu, justamente,
pelo alcance das pesquisas que realizam na área das religiosidades
latino-americana. Pois bem, embora vocês tenham autonomia intelectual, podendo,
portanto, escolher o tipo de debate que queriam construir, a Comissão
Organizadora pediu gentilmente que desenvolvessem um GT (Grupo de Trabalho)
partindo dos seguintes encaminhamentos:
1. Construção histórica e
analítica sobre o processo de evangelização no Brasil Colônia, assim como o
impacto cultural, linguístico e social.
2. Diálogo sobre o modo
como as expressões religiosas dos povos originários indígenas no primeiro
momento e, em seguida, dos povos africanos foram comprometidas pela busca da
hegemonia religiosa.
3. Como os debates
desenvolvidos pela teologia moderna e contemporânea podem, ou não, contribuir
com estas reflexões.
Partindo dos encaminhamentos acima, e considerando a proposta de GT para
o Simpósio, vocês deverão elaborar um plano de trabalho cujo fundamento
consiste em analisar e questionar o modo como uma perspectiva hegemônica sobre
a fé e suas expressões, ferem os princípios constitucionais assim, como,
contribuem para formar uma mentalidade que discrimina “aquilo” que se encontra
à “margem”. Em outros termos, construam a partir do debate em grupo dos 3 itens
selecionados pelo Simpósio elaborando por fim, ações objetivas que sejam
potencialmente transformadoras e promovam um ambiente social onde todas as
formas de existir na religiosidade possam exercer seus direitos
constitucionais.
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